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Os Remédios Secretos
 

Os medicamentos químicos foram utilizados em Portugal desde o início do século XVII. Vieram instalar-se em Portugal vários químicos e destiladores, que vendiam medicamentos preparados por "Arte Química".

Os boticários que se dedicavam à preparação de medicamentos químicos, eram uma minoria, mantendo-se apegados às formas tradicionais de preparação de medicamentos.

Os droguistas acompanhavam o desenvolvimento da química farmacêutica, comercializando também substâncias químicas e até preparados galénicos, como a "Teriaga Magna", a "Água da Rainha da Hungria", o "Óleo de Ouro", as "Pedras Cordiais" e o "Xarope Violado Roxo".

Os medicamentos químicos foram popularizados na forma de remédios secretos. Os segredistas eram principalmente químicos, médicos e cirurgiões que utilizavam o segredo contra o Galenismo ainda dominante. A expansão dos remédios secretos, esteve também associada à publicidade e à possibilidade de poderem ser consumidos por automedicação, dispondo de um "regimento" que explicava os casos em que se aplicavam e qual a dose recomendada.

João Curvo Semedo (1635-1719) e Jacob de Castro Sarmento (1691-1762) fabricaram remédios secretos em larga escala, dando origem a dinastias de fabricantes e vendedores de remédios secretos. No século XIX, ainda eram populares os "Segredos Curvianos" e a "Água de Inglaterra".